18 - À beira de um ataque de nervos
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Sílvia deslocou-se um mês depois à Polícia Municipal e exigiu saber qual o andamento dos processos. O gabinete jurídico informou-a que estavam em segredo de justiça e como tal não lhe poderiam facultar informações. Exaltou-se e saiu, ameaçando a jurista de que iria deslocar-se à Assembleia da República para exigir alterações à lei do ruído. Ambos os processos foram arquivados pelo vereador responsável, e a impunidade dos três intervenientes na queixa forjada manteve-se. Sentindo a sua privacidade posta em casa pelo possível uso continuado da câmara de filmar por parte do vizinho falou informalmente com agentes da esquadra acerca da ilegalidade daquele dispositivo de captação de imagens, mas os agentes não tomaram qualquer iniciativa. No dia 24/04/2012 António contactou a Comissão Nacional de Proteção da Dados expondo o caso, tendo sabido que nenhuma das 8 câmaras estava registada naquele departamento, estando o vizinho Vítor em ilegalidade, e a cometer um grave ilícito ao registar imagens do espaço público.