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Inocênte de Quê?

"É relativamente fácil suportar a injustiça. O mais difícil é suportar a Justiça" - Henry Menchen

"É relativamente fácil suportar a injustiça. O mais difícil é suportar a Justiça" - Henry Menchen

Inocênte de Quê?

22
Abr20

95 - Julgamento - 2ª Audiência - Testemunha 6

António Dias

Não.jpg

 

95

Juiz – Senhor doutor!

Advogado do Arguido – Com licença V. Exa., muito boa tarde senhor Carlos Pires, é só um esclarecimento. O senhor quando foi ouvido no inquérito, o senhor referiu, o seu colega também, e o que interessa foi o que o senhor terá referido, que teria havido uma denúncia da dona Sílvia Carvalho, portanto que era a esposa do …

Carlos Pires - … proprietário do quintal …

Advogado do Arguido - … exactamente …

Advogado da Assistente - … ó senhor doutor, eu não queria estar, mas se o meu colega quer confrontar a testemunha com inquirições prestadas em sede de inquérito, não sei se o senhor doutor deveria ou não, porque creio que …

Advogado do Arguido - … senhor doutor, se me dá licença …

Juiz - … o senhor importa-se de reformular a pergunta, pode reformula-la sem ter que falar no inquérito …

Advogado da Assistente - … o senhor doutor quando diz, quando o meu colega diz “disse no inquérito na presença de, ele disse isto”, e agora está teoricamente a …

Juiz - … desculpe lá, mas tem de reformular a pergunta, as perguntas são feitas como fonte no âmbito do inquérito que é normal …

Advogado da Assistente - … ò senhor doutor isso até eu entendo, mas dizerem-me que “ele disse antes que” …

Juiz - … sabe onde é que ele vai ter que ir? Vai ter que ir ver ao inquérito …

Advogado da Assistente - … provavelmente senhor doutor, mas a minha questão era essa, fazer a comparação quase direta sobre que, há regras, se calhar sou formalista a mais …

Juiz - … a pergunta é essa, quem é que lhe referiu, ò senhor doutor não vamos começar aqui …

Advogado do Arguido - … não, não, não …

Juiz - … o senhor doutor quer perguntar à testemunha se alguém denunciou a situação?

Advogado do Arguido – Não, não, não é isso. Faz referência …

Juiz - … mas não pode pôr referências, a questão é essa, o senhor doutor não pode fazer referências …

Advogado do Arguido - … então, então V. Exa., então …

Juiz - … se bem se recorda não faça referências do inquérito …

Advogado do Arguido - … então …

Juiz - … a leitura que estamos a fazer ao inquérito tem de ser autorizada, e para isso tem de requerer …

Advogado do Arguido - … se tem …

Juiz - … se sabe o que diz lá no inquérito, arranje lá maneira de formular essa pergunta …

Advogado do Arguido - … se tem, se tem conhecimento, se se recorda de alguma denúncia que tenha sido apresentada na Polícia Municipal de Oeiras pela senhora Sílvia Carvalho contra desconhecidos no dia 2 de outubro? Ou antes do dia 2 de outubro?

Carlos Pires – Senhor doutor é assim, o que eu posso descrever é que eu fui no dia 2 de outubro que eu fui ao local chamado, porque estava no patrulhamento normal com o carro, para me ir deslocar a essa praceta, que tenho aqui, praceta visconde de Porto Salvo, nº 4, em Paço de Arcos. Informar que na sequência dos trabalhos na via pública levados a cabo pelo SMAS, no fim do arruamento trabalhos que consistem na trasfega de resíduos entre coletores, e que foi colocado no seu quintal uma mangueira de apoio ao fio do trabalho, pelo que danificou o seu espaço. A queixosa disse-me ainda que desconhecia o autor desse ato.

MP – Tem de falar mais alto, peço desculpa!

12
Abr20

94 - Julgamento - 2ª Audiência - Testemunha 6

António Dias

Nada.jpg

 

94

Juiz – Senhor doutor!

Advogado da Assistente – Sim, sim senhor doutor! Senhor agente, muito boa tarde.

Carlos Pires – Boa tarde!

Advogado da Assistente – Olhe, foi sozinho nesse dia à, à, ao local?

Carlos Pires – Fui com o meu colega.

Advogado da Assistente – Quem era o seu colega?

Carlos Pires – Rui Bento!

Advogado da Assistente – Rui Bento, muito bem. E diga-me outra coisa. Nesse dia que foram estava a ser feita alguma trasfega por meio alternativo relativamente àquele colector, não estava? Diz que a mangueira foi retirada, que mangueira?

Carlos Pires – Quando nós chegámos ao local a mangueira estava retirada, não estava a ser feita a trasfega para o colector que estava na praceta, e a mangueira estava colocada no quintal da propriedade.

Advogado da Assistente – Ou seja, a mangueira deveria estar direccionada para o colector …

Carlos Pires - … exactamente …

Advogado da Assistente - … e alguém a direcionou para o quintal!

Carlos Pires – Pois, alguém, pois, alguém a direcionou para o quintal e eu não sei quem foi.

Advogado da Assistente – E os resíduos em vez de entrarem para o colector, estavam a entrar para o logradouro …

Carlos Pires - … exactamente …

Advogado da Assistente - … ou para o local dessa vivenda, é isso?

Carlos Pires – Exatamente!

Advogado da Assistente – O senhor não presenciou nada, não viu nada?

Carlos Pires – Não!

Advogado da Assistente – Alguém, ninguém lhe reportou nada nesse dia relativamente ao sucedido? Quem é que o chamou ao local?

Carlos Pires – Foi o queixoso da propriedade que se queixou.

Advogado da Assistente – O queixoso reportou-lhe alguma coisa, não reportou, falou com o queixoso nesse dia?

Carlos Pires – Que alguém lhe tinha retirado a mangueira para o quintal da senhora.

Advogado da Assistente – Identificou alguém sobre essa retirada da mangueira?

Carlos Pires – Não identificámos ninguém, nem vimos ninguém!

Advogado da Assistente – Não identificaram ninguém, não inquiriram ninguém, não foram falar com este …

Carlos Pires - … não, ninguém, só falámos com o proprietário da …

Advogado da Assistente - … só com o queixoso …

Carlos Pires - … só com o queixoso …

Advogado da Assistente - … só com o queixoso. Não tenho mais questões, muito obrigado.

04
Abr20

93 - Julgamento - 2ª Audiência - Testemunha 6

António Dias

Arma.jpg

 

93

Ministério Público – E diga-me uma coisa, alguém referiu no momento que tenha presenciado a situação?

Carlos Pires – Não sei, não presenciei ninguém, só vi, o que constatei foi isso, mais nada.

Ministério Público – Houve algo, mas havia alguém que era suspeito da prática do crime?

Carlos Pires – Não!

Ministério Público – Também não?

Carlos Pires – Eu não sei, só se fosse alguém …

Ministério Público - … desculpe, o senhor é o Carlos …

Carlos Pires - … Carlos Pires!

Ministério Público – Diga?

Carlos Pires – Carlos Manuel Pires!

(Procuradora a folhear o processo)

Ministério Público – Carlos Pires!

(Procuradora a folhear o processo)

Ministério Público – Carlos …

Carlos Pires – Carlos Pires

(Procuradora a folhear processo)

Ministério Público – Bem!

(Procuradora a folhear o processo)

Ministério Público – Não vejo nada!

(Procuradora a folhear o processo)

Advogado da Assistente (Paulo Trindade)Com licença V. Exa., eu só quero pedir aqui um pequeno auxílio à ilustre magistrada do MP, é que não estou a encontrar aqui uma nota do processo cível, e tenho a ideia que havia duas, e no processo só está uma. Está assinada pelo autuante Pedro Baptista. E creio que também há uma com a autuação deste agente, mas posso estar enganado e estar a fazer confusão.

Ministério Público – Mas o polícia municipal faz alguma coisa …

Advogado da Assistente – Ah, este é sobre outra coisa, senhora doutora esqueça, esqueça!

Ministério Público – Esse é da PSP.

Advogado da Assistente – Retiro o que disse, retiro o que disse, esqueci-me de ver lá em cima, a autoridade, julguei que havia dois mas já encontrei o outro, e não tem nada a ver.

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