88 - Julgamento - Primeira Audiência - 5ª Testemunha
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Advogado do Arguido – O senhor ressalvou, aliás já aqui foi dito mais do que uma vez, que chegou a uma altura em que decidiu começar a gravar. Ora também já tinha dito, e não se tinha conseguido lembrar, que tentasse lembrar o melhor possível quando foi a primeira, ou a única vez que viu in loco, presencialmente, o próprio senhor engenheiro, o arguido a retirar a mangueira? Aproximadamente quando foi a primeira vez que terá visto o arguido a tirar a mangueira? Volto a dizer, estamos a falar de 3 meses, setembro, quando estas coisas começaram a acontecer, outubro, e depois novembro quando há o corte da mangueira.
Vítor Carvalho – Não posso precisar exactamente quando é que, quando é que vi …
Advogado do Arguido - … foi antes ou depois da, só um instante para o tentar ajudar, foi antes ou depois daquelas imagens que estão aqui?
Vítor Carvalho – Foi antes ou depois? As imagens, as fotografias e o filme?
Advogado do Arguido – Quanto ao vídeo …
Vítor Carvalho - … foi antes …
Advogado do Arguido - … foi antes. Ora bem, antes portanto aquela intervenção de 1 de outubro, portanto estamos em setembro. O senhor mandou uma carta para o SMAS depois do corte da mangueira, o corte da mangueira terá sido por volta de 23 de novembro. O senhor durante esse tempo até à carta para o SMAS, o senhor sabendo, sabendo, tendo visto, tendo visto presencialmente, tendo visto em vídeo aquilo que achava que era o arguido a praticar aqueles factos que levaram lá o SMAS, o senhor nunca entrou em contacto com eles para dizer, “olhe quem anda a fazer isto é ali o vizinho dali do lado”?
Vítor Carvalho – Não sei se alguma vez contámos isso posso designar esse facto como possível!
Advogado do Arguido – Diga-me uma coisa, quando o SMAS ia lá fazer a intervenção, à mangueira, à limpeza, etc., etc., etc., alguma vez esteve lá presente a polícia?
Vítor Carvalho – Sim, teve.
Advogado do Arguido – Também telefonou à polícia que “olhe quem viu o que estes senhores estão aqui a fazer, a limpar isto, a arranjar isto, etc., etc., olhe quem fez isto é ali o vizinho do lado”. É que o senhor numa exposição que está junto ao processo refere, e ainda por cima há pouco a sua esposa fez um comentário parecido, que ainda por cima o vizinho assistia ao arranjo com um sorriso. Bom, o senhor além disso, ele com um sorriso trocista, o senhor em silêncio. O SMAS chega ali, uma, duas, três, quatro vezes a arranjar, irem lá camiões, pessoal, etc., etc., às vezes com a polícia, ele com um sorriso trocista, o senhor em silêncio, …
Vítor Carvalho - … o senhor doutor não ouviu o que eu disse …
Advogado do Arguido - … sem dizer, “olhe está” …
Vítor Carvalho - … o senhor doutor não ouviu o que eu disse agora …
Advogado do Arguido - … ouvi, ouvi …
Vítor Carvalho - … eu repito …
Advogado do Arguido - …então diga lá em que é que se fundamenta o “conflituoso” que o arguido é?
Vítor Carvalho – Em que é que se funda ….
Advogado do Arguido - … ah, tem alguma base?
Vítor Carvalho – Tenho com certeza …
Advogado do Arguido - … pelo menos para si. Diga lá ao tribunal, se faz favor!