56 - Julgamento - Primeira Audiência - 2ª Testemunha
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Juiz – Senhor doutor!
Advogado do Arguido – Obrigado Sua Excelência, boa tarde senhor engenheiro, vou ter que repetir a pergunta que fiz há pouco ao seu colega do SMAS, que é, se sabe como é que o SMAS teve conhecimento de quem supostamente teria praticado os factos pelos quais está hoje aqui presente o arguido? Eu estou a fazer esta questão porque infelizmente ela deveria estar já respondida nesta altura …
Henrique Urbano … sim …
Advogado do Arguido - … só que, infelizmente, quer o Ministério Público quer o Tribunal, não se interessaram por isso e, portanto, eu tenho de tentar, e dá-me a ideia que não vai ser o senhor, nem o senhor José Bonito, que vai responder a esta questão, porque temos aqui uma entidade que está a denunciar factos pelos quais não sabe e não tem conhecimento direto. E, portanto, eu gostava de saber como é que isto começou, mas como parece que sou o único que tem interesse nisso, vou tentar falar com todas as pessoas do SMAS que aqui aparecerem para dizer se sabem.
Henrique Urbano – Certo! Aliás, quando fomos ouvidos pela PSP dissemos que não vimos ninguém a mexer na mangueira, nem a cortar a mangueira. As alegações que fizeram foi a informação de que eu tive do que o engenheiro Vítor Carvalho, que terá tido meios na altura para poder ver quem era o senhor que estaria a mexer na mangueira e a cortar a mangueira. É essa a informação que eu tenho.
Advogado do Arguido – Não faz a ideia de quais os meios que ele utilizou?
Henrique Urbano – Não, nunca os vi.
Advogado do Arguido – Se calhar o senhor engenheiro também não sabe como é que isto se processa dentro do SMAS? Eu sei, supostamente eu sei que alguém fez alguma coisa que terá praticado um dano em relação ao SMAS. Como é que isto se processa a partir do momento em que o SMAS tem conhecimento, quem é que sabe, quem é que não sabe, o que é que é registado, o que é que não é registado, nós não fazemos a mínima ideia. Que conhecimento é que o SMAS teve para avançar com esta denúncia?
Henrique Urbano – Pois não sei se teve acesso a imagens ou a filmes, não é …
Advogado do Arguido - … pois é que as imagens, eu não quero outra vez voltar às imagens, porque é assim, são três meses mais ou menos …
Henrique Urbano - … eu não as vi …
Advogado do Arguido - … setembro, outubro e novembro, e tem aí uns segundos de imagens e, portanto, o senhor é claro, também não viu as supostas imagens …
Henrique Urbano - … não vi, não vi …
Advogado do Arguido - … muito obrigado, é só isto, Vossa Excelência!
Juiz – É tudo?
Advogado do Arguido – É!